Manual Ilustrado de pragas urbanas e outros animais sinantrópicos.

É com grande satisfação que o Instituto Biológico apresenta este “Manual Ilustrado de Pragas Urbanas e Outros Animais Sinantrópicos” para o publico em geral.

Desde que o homem começou a ocupar grandes espaços para estabelecer as cidades, começou conjuntamente uma relação que pro-voca graves desequilíbrios, altera paisagem, modifica as relações existentes entre os fatores físicos e biológicos diminuindo a diversidade especifica de algumas ordens de animais e vegetais juntamente com a proliferação de outras. Os seres vivos que se adaptaram à alterações ambientais sobreviveram, convivem e competem com o homem.

Destes, são os insetos os que possuem melhor capacidade de adaptação e muitos se tornaram pragas. É o caso dos cupins, formigas, baratas, moscas, brocas, mosquitos, pulgas, traças, etc.

O Instituto Biológico, de grande tradição agropecuária em sanidade animal e vegetal, tem recebidos, nos últimos anos, uma grande demanda de consultas por parte da população solicitanto respostas aos problemas causados por essas pragas.

Em decorrência dessa demanda, pesquisadores científicos do Instituto Biológico, constituíram um grupo para desenvolver estudos relacionados às pragas urbanas. Assim surgiu o Grupos de Pragas Urbanas do Instituto Biológico, que está se firmando como especialista na área e agora apresenta este Manual que será de grande valia para professores, pesquisadores, profissionais controladores de pragas, estudantes e público em geral. O objetivo desse Manual é levar o conhecimento da Biologia, importância econômico e epidemiológica, e facilitar a identificação das principais pragas do ambiente urbano, pois temos a certeza que estes são requisitos básicos para iniciarmos um perfeito entendimento da complexa interação homem-pragas urbanas.

Nome Cientifico: Blatella germânica
 
Classe: Insecta;
 
Ordem: Dictyoptera;
 
Família: Blattellidae
 
Nome popular: Barata de cozinha, barata alemã, francesinha.
 
Descrição: Os adultos medem aproximadamente de 12-16 mm de comprimento e são de coloração castanha amarelado, sendo machos e fêmeas alados. A fêmea carrega a ooteca presa ao abdome até poucas horas antes da eclosão dos ovos. Possui corpo achatado com antenas filiformes e multisegmentadas, aparelho bucal do tipo mastigador.
 
Biologia: A longevidade média dos adultos é de 4 meses para machos e 6 meses para fêmea. Cada fêmea produz de 4 a 8 ootecas. A duração média do ciclo de desenvolvimento de ninfas que originam fêmeas de 77 dias e de 72 dias para machos e a 25ºC e 44 dias para fêmeas e 47 dias para machos a 30ºC. Razão sexual de 1 fêmea para cada macho. Numero médio de 36 ovos por ooteca e uma emergência média de 30 ninfas.
 
Importância: Vetor mecânico de patógenos abriga-se em cozinhas depósitos de alimentos e embalagens, fornos, estufas, geladeiras, freezers, coifas, motores elétricos, dutos de eletricidade, sobpias e bancadas e interior sobmoinhos, maquinas de refrigerante e café, eletrodomésticos, sanitários e vestiários, frestas na alvenaria, gabinetes, armários embutidos e divisórias.
Classe: Insecta;
 
Ordem: Dictyoptera;
 
Família: Blattidae
 
Nome popular: Barata de esgoto, cascuda.
 
Descrição: Corpo achatado, com antenas filiformes e multiseguimentadas, aparelho bucal do tipo mastigador. Adultos de coloração castanha escura avermelhada, medem de 30 a 45 mm. As fêmeas depositam a ooteca no ambiente pouco depois de sua formação.
 
Biologia: A longevidade média dos adultos é de 1 ano e cada fêmea produz de 10 a 15 ootecas. Cada ooteca possui de 14 a 28 ovos. O período de desenvolvimento é de 9 a 13 meses. O ciclo biológico do ovo a morte do adulto pode chegar em alguns casos a 3 anos.
 
Importância: Além de causarem asco as pessoas, são vetores mecânicos de patógenos nos, abrigam-se em caixas de esgotos e gordura, caixas d’água, quadro de energias elétricas e telefonia, galerias subterrâneas, cisternas, áreas de serviço, sanitários e vestiários, portões, sótãos, forros, jardins, áreas externas (onde ocorra acumulo de materiais).
Nome Cientifico:  Periplaneta americana
 
Classe: Insecta;
 
Ordem: Dictyoptera;
 
Família: Blaberidae
 
Nome popular: Barata cascuda, barata do mato, barata da terra.
 
Descrição: Corpo robusto e achatado, com antenas filiformes e multiseguimentadas, aparelho bucal do tipo mastigador. Adultos braquípteros (asas curtas), corpo de coloração castanha escura com manchas negras. Baratas de grande porte medindo de 40 a 50mm de comprimento.
 
Biologia: Não há dados científicos disponíveis sobre a sua biologia.
 
Importância: causam medo pelas grandes dimensões; não são consideradas vetoras de doenças. Podem eventualmente ser confundidas com espécies de importância em áreas urbanas.
Classe: Insecta; Ordem: Coleoptera;
 
Família: Lyctidae, Anobilidae e Bostrichidae
 
Nome popular: broca, broca de madeira
 
Descrição: Lyctidae – Os Lictídeos desenvolvem-se e se alimentam de madeiras duras, infestando móveis, pisos, etc. Os adultos ovipositam na superfície da madeira e as larvas se desenvolvem e transformam-se em pupas no seu interior. Os adultos são marrons e medem de 3 a 5 mm de comprimento; Bostrichidae – As larvas podem atacar madeiras duras ou macias, incluindo bambu, vime, etc. Os adultos medem de 3 a 6 mm e fazem aberturas para a oviposicao. Para emergirem, cavam orifícios redondos de 3 mm de diâmetro. Anobiidae – São Besouros cilíndricos ou ovais, de 1 a 9 mm de comprimento e que apresentam a cabeça dobrada para baixo. Infestam madeiras duras ou macias, diversos produtos manufaturados e podem causar severos danos em livros, roendo a goma da capa e abrindo galerias no papel.
 
Biologia: São holometábolos, ou seja, passam pelos estágios de ovo, larva, pupa e adulto. As larvas alimentam-se de madeira, formando túneis. Após a cópula, a fêmea deposita seus ovos na mesma peca de madeira de onde emergiu. As larvas tem ciclo longo (vários meses) e os adultos vivem apenas alguns dias ou semanas. Podem atacar madeira viva; infestar madeiras vivas completando o ciclo de vida depois que a madeira estiver seca e outras atacam somente madeira seca. Algumas espécies atacam madeira em decomposição.
 
Importância: Os adultos deixam na madeira pequenos orifícios (1mm de diâmetro); as larvas escavam galerias, deixando vestígios na forma de pó fino ou de granulometria variada, danificando seriamente a madeira ou material infestado.
Classe: Insecta; Ordem: Isoptera;
 
Família: Kalotermitidae
 
Nome popular: Cupim de madeira seca.
 
Descrição: soldados com 4 a 5 mm de comprimento, com cabeça fragmótica de coloração marrom escura a preta, mandíbulas esmagadoras, curtas e robustas. Pseudo-operários de coloração branca, creme ou amarelada. Alados pigmentados com asas hialinas (transparentes) e iridescentes.
 
Biologia: As colônias são pequenas (chegando a pouco mais de 1000 indivíduos) e inseridas diretamente na fonte alimentar (madeira seca); são de desenvolvimento lento, podendo demorar 5 anos para tornar-se maduras (revoada), vivendo por mais de 10 anos. Os soldados pouco numerosos usam a cabeça para tapar a entrada da colônia. Os integrantes da colônia deixam pelotas fecais típicas em forma de pequenos grânulos (semelhante a areia grossa). Revoadas em interiores (presença de grande quantidade de asas e siriris mortos) e pelotas fecais escuras (pó de cupim) devido a oxidação, denotam infestações antigas.
 
Importância: O gênero Cryptotermes tem distribuição mundial e é a mais importante praga entre os ditos cupins de madeira seca. Algumas espécies conseguem sobreviver em climas frios, pois vivem nas habitações com aquecimento. Ocorre nos centros urbanizados, sendo depois do C. gestroi, a segunda maior praga entre os cupins das áreas urbanas. As fezes de formato granuloso (resíduo fecal) típico nos cupins de madeira seca, não deve ser confundido com o pó fino, oriundo da atividade de espécies de besouros também xilófagos, chamados popularmente de “brocas”. Estes insetos infestam madeira seca de todas as densidades e materiais celulósicos em geral, causando danos expressivos, mas não atacam partes vivas das árvores.
Classe: Insecta; Ordem: Isoptera;
 
Família: Rhinotermitidae
 
Nome popular: cupim subterrâneo, cupim de solo.
 
Descrição: soldados com 5 mm, cabeça ovalada de cor amarelada com fontanela grande e arredondada; corpo claro, quase branco; aparelhado com defesas mecânica (mandíbulas desenvolvidas) e química (produção de substancia pegajosa de cor leitosa). Operários cegos e de coloração esbranquiçada. Rainha fisogástrica com aproximadamente 2 cm de comprimento e rei com aproximadamente 6 mm.
 
Biologia: espécie exótica, de habito normalmente subterrâneo, introduzida no Brasil na década de 20. Podem forragear mais de 100 metros de distancia do ninho principal. Possuem colônias com milhões de indivíduos; realizam caminhamento típicos em forma de túnel. Madeiras ou locais infestados ficam recobertos com pequenas placas fecais (manchas) de coloração clara. Possuem ninhos primários e secundários (policálicos). Soldados e operários podem viver em condições laboratoriais por 3 anos. A rainha é longeva e pode colocar milhões de ovos durante toda a sua existência. Realizam revoadas nos meses mais quentes e úmidos do ano, normalmente ao entardecer, logo após a ocorrência de chuvas.
 
Importância: Danificam materiais que contenham celulose (papel, papelão, forros e acabamentos de gesso, livros, etc.), madeiras de todas as densidades (telhados, armários embutidos, batentes e guarnições, rodapés, etc.), arbustos, arvores e palmeiras vivas ou mortas. Causam danos diretos e indiretos a edificações, penetrando por frestas já existentes em estruturas (paredes, colunas, etc.), conduítes elétricos (causando curto circuitos) e telefônicos, em blocos e tijolos em caixões perdidos, prumadas de água, vãos estruturais e poços de elevadores, para chegarem à fonte alimentar.
 
Classe: Insecta; Ordem: Isoptera;
 
Família: Rhinotermitidae
 
Nome popular: Cupim subterrâneo, cupim de solo.
 
Principais espécies: H. tenuis, H. assu. H. longiceps
 
Descrição: soldados dimórficos (maiores com 5 a 6 mm e menores com 3 a 4 mm) com cabeça retangular, alongada e de coloração amarelo alaranjada; mandíbulas finas e longas com extremidades voltadas para dentro; protórax mais estreito que a cabeça. Os operários são cegos, branco amarelados, e os reprodutores alados são delgados, alaranjados e de asas claras. São descritas no Brasil até o momento as espécies H. Assu, H. convexinotatus, H. crinitus, H. longiceps, H. sulcatus e H. tenuis
 
Biologia: cupins normalmente de hábitos subterrâneo, realizam caminhamentos típicos forma de túnel, fazendo ninhos difusos no solo com grande poder dispersivo.
 
Importância: as espécies do gênero Heterotermes são encontradas tanto em ambiente agrícola como urbano, algumas sendo consideradas pragas agrícolas, em residências ou ainda em áreas de paisagismo. São observados operários e soldados em mourões de cercas e em troncos caídos, infestando arvores vivas e mortas. São encontrados infestando edificações em áreas urbanas, consumindo madeiramentos e derivados celulósicos em geral.
Classe: Insecta; Ordem: Isoptera;
 
Família: Termitidae
 
Principais espécies: N. corniger, N. globiceps
 
Descrição: soldados dimórficos, com cabeça globosa de coloração variada (preta ou marron) e nasus desenvolvido (proteção química), corpo de coloração alaranjada, variável dependendo da espécie e pernas afiladas. Operários dimórficos, robustos e escuros. Reprodutores alados escuros e de asas pretas.
 
Biologia: gênero nativo, muito encontrado em áreas litorâneas. Cupins tipicamente arborícolas, mas também possuidores de ninhos subterrâneos e epígeos. Os ninhos são conhecidos vulgarmente por “cabeça de negro” nidificados em árvores (ninhos cartonados). Operários e soldados podem andar ativamente sobre o solo sem a necessidade de túneis. As colônias possuem muitos milhões de indivíduos e podem permanecer ativas por 50 a 80 anos, possuindo vários casais reais primários (poliginia e poliandria). A formação de novas colônias pode se dar por meio de revoadas ou por brotamentos.
 
Importância: espécies nativas que se tornaram pragas devido a urbanização. Fazem caminhos em forma de tuneis escuros característicos. Infestam, mourões de cercas, postes de madeira, arvores e edificações, formando neste último, ninhos secundários em forros e telhados junto a caixas d’água e em caixões perdidos em edifícios. Destroem materiais celulósicos em geral, madeira úmida ou seca, de densidades distintas, preferindo o alburno ao cerne de arvores.
 
Classe: Insecta; Ordem: Isoptera;
 
Família: Termitidae
 
Principais espécies: Neocapritermes opacus, N. parvus.
 
Descrição: Soldados possuem corpo escurecido, cabeça alaranjada e mandíbulas longas, assimétricas e retorcidas, do tipo estatalante. Operários com cabeça clara e abdomem escurecido, alados com corpo e asas pretas.
 
Biologia: Gênero eventualmente encontrado infestando gramados. Normalmente encontrados em madeiramentos em decomposição. Poucos soldados são encontrados. Ninhos subtérreos e difusos no solo.
 
Importância: Encontramos estes cupins atacando as raízes de gramados, mudas de arvores e arbustos. Em arvores adultas ainda não foram relatados danos significativos, sendo muitas vezes encontrados na porção entre a casca e o tronco da arvore. Realizam galerias no sistema radicular das plantas prejudicando a absorção de água e nutrientes e a translocação dos mesmos. A presença de mudas mortas entre plantas sadias costuma ser um indicativos da atividade dos cupins.
 
Classe: Insecta; Ordem: Isoptera;
 
Família: Termitidae
 
Principais espécies: Syntermes molestus, S. praecellens, S. spinosus, S. obtusus.
 
Descrição: cupins de tamanho avantajado Soldados grandes, monomórficos, com mandíbulas robustas e longas, do tipo ceifadoras; cabeça grande e sub-retangular, de coloração vermelha ou laranja avermelhada e brilhante, com fontanela visível; antenas longas e corpo alaranjado escurecido. Operários trimórficos, ou seja, são de tamanhos distintos podendo ser menores, médios e maiores, com cabeça de coloração variando entre o amarelado e o alaranjado. Alados bem pigmentados e de tamanho chegando aos 4 – 4,5 cm de comprimento (ponta de antena a ponta da asa).
 
Biologia: possuem hábitos noturnos ou crepusculares; os soldados acompanham os operários no corte de folhas, formando caminhos em forma de colunas de proteção. Operários menores e médios limpam e carregam partículas de solo enquanto os maiores cortam e carregam folhas para o ninho. Ninhos geralmente subterrâneos, profundos e difusos. Em algumas espécies podem ser identificados montes de terra achatados e largos, seme-lhantes em menor escala aos cupins de montículo, sem uma câmara celulósica definida.
 
Importância: são muito confundidos com saúvas devido aos danos. Infestam gramíneas (folhas e raízes). Cupins do gênero Syntermes infestam varias espécies utilizadas em gramados, campos de futebol e golf, em residências e praças, notando-se o amarelecimento e seca em reboleiras do gramado e dificuldade de rebrota. Estes cupins podem ser vistos a noite e ao amanhecer forrageando e cortando as pontas da grama à semelhança das formigas cortadeiras.
 
Classe: Insecta; Ordem: Hymenoptera;
 
Família: Formicidae; Subfamilia: Formicinae
 
Nome popular: formiga carpinteira, sará-sará
 
Principais espécies: Camponotus atriceps, C. rufipes, C. crassus, C. sericeiventris, C. rengeri
 
Descrição: Apresentam somente um no na cintura e um circulo de pelos na extremidade do gáster circundado o acidóporo. São polimórficas, apresentando cores variadas (do amarelo ao preto). Podem ter muitos pelos ou não, dependendo da espécie. O mesossoma, quando observado de perfil, é arredondado. As operarias podem variar de tamanho, com algumas podendo atingir de 1,5 a 2 cm de comprimento.
 
Biologia: Expelem acido fórmico quando acuadas e a maioria das espécies possui habito noturno, apesar de algumas delas forragearem durante o dia. São onívoras e seus ninhos podem ser encontrados tanto em áreas externas, em arvores vivas ou mortas, tocos e madeiramentos, frestas de calçamento, etc. quanto em áreas internas em estruturas como madeiramentos do telhado, forros, armários de madeira pouco utilizados, gabinetes de geladeira e freezer, equipamentos eletrônicos, batentes de portas e janelas, entre outros. Os que ocorrem na área externa, normalmente possuem uma ou varias rainhas, enquanto aqueles localizados no intradomicilio abrigam somente operárias e crias de últimos estádios de desenvolvimento. Esses últimos são chamados de ninhos satélites.
 
Importância: podem ocasionar danos mecânicos e curto-circuitos em equipamentos eletrônicos. Podem veicular bactérias e fungos patogênicos ao homem quando presentes em hospitais e áreas de alimentação e causam incomodo por infestarem alimentos. Infestam madeiramentos internos e arvores. A maioria das espécies são agressivas quando molestadas, mordendo e expelindo acido fórmico ativamente.
 
 
Classe: Insecta; Ordem: Hymenoptera;
 
Família: Formicidae; Subfamilia: Myrmicinae
 
Nome popular: formiga faraó
 
Principais espécies: Monomorium pharaonis e m. floricola.
 
Descrição: Antenas com 12 segmentos sendo os três últimos maiores que os demais segmentos da antena. Corpo sem espinhos ou tubérculos e os dois segmentos na cintura. Operárias monomórficas de coloração marrom amarelada e de corpo finamente pontuado em M. pharaonis e marrom escura com tegumento liso e brilhante em M floricola. Possuem aproximadamente 2 mm de comprimento.
 
Biologia: ninhos poligínicos, polidômicos, localizados dentro das estruturas, equipamentos eletrônicos, conduítes de eletricidade, atrás de azulejos, dentro de batentes de portas e janelas, entre outros. Habito alimentar onívoro, com preferência aos alimentos proteicos.
 
Importância: por infestar equipamentos eletrônicos causam danos mecânicos e curto-circuitos. Quando presentes em ambientes hospitalares e de alimentação, podem veicular fungos e bactérias patogênicas ao homem. Causam incomodo pela simples presença por frequentar os alimentos.
Classe: Insecta; Ordem: Hymenoptera;
 
Família: Formicidae; Subfamilia: Formicinae
 
Nome popular: Formiga louca e Formiga cuiabana.
 
Descrição: P. longicornis – Escapo ultrapassa em duas vezes a altura da cabeça. Operarias monomórficas de coloração enegrecida ou marrom escuro. Um único segmento na cintura. Operarias de mesmo tamanho com cerca de 3 a 4 mm de comprimento.
 
fulva – possui coloração castanho claro com pelos pareados esparsos pelo mesossoma e gáster. Operarias de mesmo tamanho atingindo 3 a 4 mm de comprimento.
Biologia: ninhos poligínicos, polidômicos, localizados tanto nas áreas externas quanto internas das estruturas. Em grandes infestações fazem trilhas longas e largas, com milhares de operarias transitando de maneira irregular ou errática. Veiculam bactérias e fungos patogênicos ao homem quando ocorrem em ambientes hospitalares e de alimentação.
 
Importância: causam incomodo pelo elevado numero de operárias.
Classe: Insecta; Ordem: Hymenoptera;
 
Família: Formicidae; Subfamilia: Myrmicinae
 
Nome popular: formiga cabeçuda
 
Principal espécie: Pheidole megacephala
 
Descrição: Operárias dimórficas com presença de soldado com cabeça notadamente maior que a cabeça das demais operárias, coloração variável de acordo com a espécie, de marrom clara, marrom escura a enegrecida. Corpo com dois segmentos na cintura, um par de espinhos no propódeo, antena com 12 segmentos, sendo os três últimos do mesmo tamanho e maiores que os demais segmentos da antena.
 
Biologia: os ninhos podem ser encontrados no solo, onde muitas vezes a abertura possui arquitetura semelhante a um labirinto que adentra o solo. Ocupam frestas de calçadas e paredes, estruturas internas como atrás de azulejos, nas paredes que dão face a área externa e equipamentos eletrônicos. Dão preferência a alimentos gordurosos e proteicos.
 
Importância: Causam incomodo por infestar alimentos. Podem veicular bactérias e fungos patogênicos ao homem quando presentes em ambientes hospitalares e de alimentação. Quando infestam equipamentos eletrônicos, causam danos mecânicos e curto-circuitos.
Classe: Insecta; Ordem: Hymenoptera;
 
Família: Formicidae; Subfamília: Myrmicinae
 
Nome comum: Formiga lava-pés, formiga de fogo.
 
Principais espécies: Solenopsis saevissima, S. invicta.
 
Descrição: Antenas com 10 segmentos sendo os dois últimos maiores que os anteriores. Corpo sem espinhos ou tubérculos, dois segmentos na cintura, pelos esparsos, coloração que varia de acordo com a espécie, podendo ser amarelada, avermelhada, marrom clara ou escura ou enegrecida. Operarias polimórficas, sendo que as maiores podem atingir 5 mm de comprimento.
 
Biologia: Os ninhos localizam-se preferencialmente no solo, nas épocas úmidas apresentam-se com murundus de terra solta. Ninhos também podem ocorrer dentro das estruturas, onde se percebe a próxima ao ninho. Hábito onívoro de alimentação. A maioria das espécies é monogínica.
 
Importância: atacam canteiros de mudas alimentando-se plântulas, canteiros de minhocas, picam dolorosamente injetando veneno que causa alergia localizada, com casos de choque anafilático em pessoas mais sensíveis. Infestam equipamentos eletrônicos ocasionando danos mecânicos e curto-circuitos.
Classe: Insecta; Ordem: Hymenoptera;
 
Família: Formicidae; Subfamília: Dolichoderinae
 
Nome popular: Formiga fantasma
 
Descrição: operárias monomórficas, com cabeça e mesossoma escuros, pernas e gáster amarelados. Cintura com um único segmento. Operarias com 2 mm de comprimento, todas do mesmo tamanho e forma.
 
Biologia: ninhos localizados dentro das estruturas, atrás de azulejos, batentes de portas e janelas, dentro de equipamentos eletrônicos, nos conduites de eletricidade, vasos de plantas, entre outros. Ninhos poligênicos e polidômicos. Dao preferencia a alimentos adocicados. Não apresentam vôo nupcial.
 
Importância: causam incômodos, infestam alimentos, em ambientes hospitalares e de alimentação, podem veicular bactérias e fungos patogênicos ao homem. Quando presentes em equipamentos eletrônicos causam danos mecânicos e curto-circuitos.
Classe: Insecta; Ordem: Hymenoptera;
 
Família: Formicidae
 
Nome popular: Quenquém, formiga cortadeira.
 
Descrição: Operarias discretamento polimórficas sem a presença de soldados. Possuem quatro a cinco pares de espinhos no mesossoma. O gáster é globoso.
 
Biologia: São 20 as espécies de quenquéns que ocorrem no Brasil, sendo que 15 cortam plantas dicotiledôneas, 2 cortam monocotiledôneas e 4 cortam tanto monocotiledôneas como dicotiledôneas. Nove espécies têm importância econômica. Os ninhos são feitos no solo. Muitos não são facilmente observados, pois possuem somente orifício de saide das operarias. Em outros as operarias depositam palha ao redor da entrada do ninho. As folhas e outras partes vegetais cortadas são levadas para dentro dos ninhos onde é incorporado pelas operarias em fungo simbiôntico que serve de alimentação.
 
Importância: danos às plantas cultivadas, tanto em pomares, em gramados, plantas ornamentais em geral, quintais, quanto em grandes culturas.
Classe: Insecta; Ordem: Hymenoptera;
 
Família: Formicidae
 
Nome popular: Saúva, formiga cortadeira.
 
Principais espécies: Atta sexdens, A. cephalotes, A. bisphaerica, A. capiguara, A. laevigata.
 
Descrição: Operarias polimórficas com soldados maiores e com a cabeça desproporcionalmente maior em relação ao corpo. Possuem três pares de espinhos no mesossoma. O gáster é globoso. Possuem nomes populares distintos devido às varias espécies, tais como: saúva limão (Atta sexdens), cabeça de vidro (Atta laevigata), mata pasto (Atta bisphaerica), saúva parda (Atta capiguara), saúva-da-mata (Atta cephalotes).
 
Biologia: Os ninhos são feitos no solo e montes de terra solta ficam aparentes facilitando sua visualização (murundu) e geralmente são formados por numerosas câmaras (panelas de fungo e lixo). No Brasil ocorrem 9 espécies de saúdes, sendo que 4 cortam somente monocotiledôneas, 4 cortam dicotiledôneas e somente 1 tanto monocotiledôneas quanto dicotiledôneas. Apenas 5 espécies possuem importância econômica. As folhas e outras partes vegetais cortadas são levadas para dentro dos ninhos onde é incorporado pelas operarias ao fungo simbiôntico que serve de alimentação. A rainha é conhecida popularmente por Içá ou tanajura e possui o abdome avantajado. É a única reprodutora da colônia, podendo viver mais de 20 anos. A rainha  acasala-se (revoada) com vários machos e este voo nupcial realiza-se entre outubro e dezembro, em dias claros, quentes e úmidos. Servem de alimento para pássaros. Cada colônia liberta anualmente em media 2.900 içás e 14.250 bitus (saúva limão). Apenas 0.05% das içás tem sucesso na fundação de novos ninhos.
 
Importância: danos às plantas cultivadas, tanto em pomares, em gramados, plantas ornamentais em geral, quintais, quanto em grandes culturas.
 
 
Nome Cientifico: Musca domestica.
 
Classe: Insecta; Ordem: Dipetra;
 
Família: Muscidae
 
Nome popular: Mosca domestica.
 
Descrição: Moscas adultas medem de 6 a 7 mm de comprimento, sendo as fêmeas usualmente maiores que os machos. Corpo de coloração cinza, com quatro faixas pretas longitudinais. Machos e fêmeas podem ser diferenciados pelas distancia entre os olhos que nas fêmeas é duas vezes maior que nos machos. Geralmente vivem entre 15 a 25 dias.
 
Biologia: M. domestica tem metamorfose completa, com fases dinstintas em seu ciclo evolutivo: ovo, larva, pupa e adulto. Os ovos são depositados em matéria orgânica como o lixo acumulado e excrementos, dentro outros. O clima quente é ideal para o seu desenvolvimento, podendo completar o ciclo em 7 dias.
 
Importância: A mosca doméstica e as varejeiras podem transmitir uma grande quantidade de agentes causadores de doenças como vírus, bactérias do gênero Rickettsia (causadores de febre tifoide e outras doenças), alguns protozoários, outras bactérias e ovos de helmintos (vermes parasitos). A transmissão se dá pelo contato.
Classe: Insecta; Ordem: Diptera;
 
Família: Fannilidae
 
Nome popular: Fannia canicularis, Fannia scalaris.
 
Descrição: Os adultos são menores que os de mosca domestica, possuindo 5 a 6 mm de comprimento, realizam voo errático e circular, dando a impressão de estarem paradas no ar. São muito confundidas com as moscas domesticas verdadeiras, distinguindo-se destas por apresentarem nas asas a veia A1+CuA2 muito curta e por serem muito mais ágeis em voo.
 
Biologia: Os ovos são alongados e franjados e são colocados em materiais em decomposição. As larvas apresentam corpo achatado dorse-ventralmente, ornamentados por vários processos laterais. São saprófagas e se desenvolvem em matéria orgânica em decomposição, de origem animal e vegetal, em fezes de aves (pombos, etc.), em dejetos ricos em nitrogênio, ninhos de aves e tocas de mamíferos. As espécies Fannia canicularis e Fannia scalaris são as mais comuns em áreas urbanas. Outras espécies de fezes e matéria orgânica em decomposição.
 
Importância: embora tenham pouca importância como vetores mecânicos de patógenos, causam grande incomodo no interior de residências principalmente quando elevadas infestações.
Nome Cientifico: Chrysomya spp.
 
Classe: Insecta; Ordem: Diptera;
 
Família: Calliphoridae
 
Nome popular: Mosca varejeira.
 
Principais espécies: Chrysomy putoria, C. megacephala, C. albiceps
 
Descrição: Dípteros de tamanho médio a grande (6 a 9 mm), de coloração metálica (azul, verde, violeta e cobre).
 
Biologia: Fêmeas depositam seus ovos em carcaças de animais em decomposição ou em excrementos, esgotos, onde as larvas se desenvolvem.
 
Importância: as varejeiras podem transmitir uma grande quantidade de agentes causadores de doenças como vírus, bactérias do gênero Rickettsia (causadoras de febre tifoide e outras doenças), alguns protozoários, outras bactérias e ovos de helmintos (vermes parasitos). A transmissão se da pelo contato.
 
 
Classe: Insecta; Ordem: Diptera
 
Nome popular: Mosca varejeira
 
Principais espécies: Sarcophaga hemorrhoidalis, Sarcophaga carnaria, Sarcophaga (Liopygia) crassipalpis.
 
Descrição: os Sarcophagidae compreendem espécies de tamanho médio a grande (6 a 16 mm), corpo com muitas cerdas, cor cinza (podendo ter manchas amarelas, pretas, etc.) com faixas pretas formando desenho xadrez no abdome e com três faixas longitudinais pretas na região torácica dorsal. Os adultos alimentam-se principalmente de fezes, carcaças de animais e de frutas apodrecidas. As fêmeas são larvíparas e depositam suas larvas em excrementos, carcaças e matéria orgânica animal ou vegetal em decomposição.
 
Importância: são sinantropicos e podem raramente causa miíases, infestando ferimentos e tecidos necrosados. A fobia por esses insetos é comum, devido ao tamanho avantajado e ruído característico do bater de asas.
Classe: Insecta; Ordem: Diptera;
 
Família: Culicidae
 
Nome popular: Mosquito tigre asiático..
 
Descrição: o adulto é muito semelhante à Ae. Aegypti, diferenciando-se no desenho do escudo, tendo esta espécie somente uma faixa longitudinal de escamas prateadas. As fêmeas atacam durante o dia, com maior intensidade ao amanhecer e no inicio do crepúsculo, atacando o homem e animais domésticos a qualquer hora do dia.
 
Biologia: o estimulo para as fêmeas realizarem as posturas depende do volume de sangue ingerido, podendo atingir até 80 ovos, sendo seu numero médio de 60 a 65 ovos para cada fêmea.
 
As oviposições são realizadas nas paredes úmidas dos volumes de agua, preferencialmente acima da superfície liquida. Os ovos são resistentes à dessecação, por vários meses, desde que submetidos à falta de agua após 24 horas da postura. Seus criadouros preferenciais são os recipientes artificiais, representados principalmente por pneus, latas, vidros, pratos de vasos, bromélias, ocos de bambus, ocos de arvores, caixas d’agua, cisternas, lagos artificiais, piscinas e aquários abandonados.
 
O período de incubação é ao redor de uma semana. O ciclo total de vida leva cerca de 6 dias a 30ºC, chegando a 13 dias a 20ºC.
 
Importância: Ae. Albopictus é vetor natural da Dengue em áreas rurais, suburbanas e urbanas da Ásia, sendo também transmissor da Encefalite Japonesa. No Brasil, ainda não foi incriminado como vetor da dengue ou outros arbovírus.
 
Esse mosquito pode tornar-se uma “ponte” entre os ciclos silvestre e urbano da febre amarela e de outros arbovírus no Brasil.
Classe: Insecta; Ordem: Diptera;
 
Família: Culicidae
 
Nome popular: mosquito, pernilongo, carapanã.
 
Descrição: Adultos de porte médio, coloração marrom escura ou clara, asas com escamas escuros. Machos com antenas plumosas e fêmeas com antenas filiformes. São noturnos possuem atração por aves, atacando também mamíferos, inclusive o homem. As larvas são aquáticas, tem aspecto vermiforme e coloração que varia entre o esbranquiçado, esverdeado, avermelhado ou mesmo enegrecido. Na parte terminal do abdome, as larvas da subfamília Culicinae têm um tubo alongado conhecido por sifão, em cuja extremidade estão os espiráculos, responsáveis pela respiração. As pupas possuem aspecto de virgula, sendo moveis quando perturbadas. Não se alimentam. Coloracao semelhante à das larvas escurecendo à medida que amadurecem.
 
Biologia: Criadouros típicos: depósitos artificiais, solo ou em recipientes, com agua suja, altamente poluída, rica em matéria orgânica em decomposição, mesmo em processo de fermentação. Os ovos de C. quinquefasciatus são depositado diretamente sobre a agua dos criadouros, em “jangadas” com cerca de 200 ovos, não resistentes a dessecação. O desenvolvimento das larvas ocorre durante todo o período do ano na região neotropical. Ciclo de ovo à adulto varia de 10,8 a 46,8 dias no verão; o período larval passa por 4 estádios.
 
Importância: na região neotropical, C. quinquefasctiatus é considerado como o mais eficientes vetor de filariose bancroftiana (elefantíase) ao homem. Pode ser encontrado naturalmente infectado com vírus causadores de encefalites. No Brasil, é também responsável pela veiculação do vírus Oropouche.
Classe: Insecta; Ordem: Diptera;
 
Família: Psychodidae
 
Nome popular: Mosca de banheiro, moas-dos-filtros, mosca-dos-ralos..
 
Principais espécies: Psychoda alternata, Psychoda cinérea, Psychoda satchelli, Telmatoscopus albipunctatus.
 
Descrição: apesar do nome comum, a mosca-de-banheiro não é uma mosca verdadeira, sendo filogeneticamente mais próxima dos mosquitos. Os adultos possuem 2 mm de tamanho corpo robusto com muitas cerdas, asas recobertas por densa pilosidade, tem aspecto semelhante a uma pequena mariposa, coloração variando entre o marrom claro e cinza.
 
Biologia: são hábitos noturnos; as fêmeas fazem posturas irregulares em grupos de 10 a 200 ovos, com eclosão variando entre 32 a 48 horas. Suas larvas são vermiformes, de coloração preta. Ovos, larva e pupas são encontrados em locais úmidos, junto a películas orgânicas (formadas por matéria orgânica referente a descamações naturais da pele, cabelos, pelos, fungos, etc.) presentes em banheiros e cozinhas, em ralos, canos de esgoto, juncoes de vasos sanitários e boxes de banheiro, frestas de azulejos e paredes. O ciclo da larva é de aproximadamente 9 a 15 dias e o da pupa em torno de 20 a 40 horas. O ciclo ovo a adulto é de aproximadamente duas semanas, dependendo das condições ambientais e de disponibilidade de alimento. Os adultos fazem voos irregulares e de autonomia reduzida, permanecendo nas proximidades de ralos e paredes, junto a umidade de banheiros e cozinhas. Vivem nesta fase cerca de 15 dias.
 
Importância: Não são transmissores de doenças, mas causam grande incomodo pela simples presença.
Classe: Insecta; Ordem: Diptera;
 
Família: Psychodidae
 
Nome popular: Mosca de banheiro, moas-dos-filtros, mosca-dos-ralos..
 
Principais espécies: Psychoda alternata, Psychoda cinérea, Psychoda satchelli, Telmatoscopus albipunctatus.
 
Descrição: apesar do nome comum, a mosca-de-banheiro não é uma mosca verdadeira, sendo filogeneticamente mais próxima dos mosquitos. Os adultos possuem 2 mm de tamanho corpo robusto com muitas cerdas, asas recobertas por densa pilosidade, tem aspecto semelhante a uma pequena mariposa, coloração variando entre o marrom claro e cinza.
 
Biologia: são hábitos noturnos; as fêmeas fazem posturas irregulares em grupos de 10 a 200 ovos, com eclosão variando entre 32 a 48 horas. Suas larvas são vermiformes, de coloração preta. Ovos, larva e pupas são encontrados em locais úmidos, junto a películas orgânicas (formadas por matéria orgânica referente a descamações naturais da pele, cabelos, pelos, fungos, etc.) presentes em banheiros e cozinhas, em ralos, canos de esgoto, juncoes de vasos sanitários e boxes de banheiro, frestas de azulejos e paredes. O ciclo da larva é de aproximadamente 9 a 15 dias e o da pupa em torno de 20 a 40 horas. O ciclo ovo a adulto é de aproximadamente duas semanas, dependendo das condições ambientais e de disponibilidade de alimento. Os adultos fazem voos irregulares e de autonomia reduzida, permanecendo nas proximidades de ralos e paredes, junto a umidade de banheiros e cozinhas. Vivem nesta fase cerca de 15 dias.
 
Importância: Não são transmissores de doenças, mas causam grande incomodo pela simples presença.
Classe: Insecta; Ordem: Hemiptera;
 
Família: Cimicidae
 
Nome popular: percevejo-de-cama, percevejo-dos-leitos.
 
Principais espécies: Cimex lectularius, Cimex hemipterus.
 
Descrição: percevejos achatados dorso-ventralmente, de contorno largamente oval, desprovidos de asas; com menos de 10 milímetros de comprimento. Adultos e formas jovens (ninfas) alimentam-se sugando o sangue de aves e mamíferos, incluindo o homem. O percevejo-de-cama é de habito predominantemente noturno, escondendo-se durante o dia em frestas e fendas de paredes, tabuas, nas molas das camas, sob as dobras e cantos de colchoes, sob papel de parede, guarnições de portas e tomadas elétricas, dentre outros locais que possam servir de abrigo. Cimex lectularius é uma praga importante em casas, hotéis, quarteis e outros alojamentos. A diferenciação de C. lectularius e C. hemipterus se dá principalmente pela pronunciada reentrância na margem anterior do protórax, presente em C. lectularius.
 
Biologia: põem de 100 a 250 ovos por fêmea em fendas. O desenvolvimento, até o estagio adulto realiza-se em aproximadamente dois meses, quando a temperatura é alta. Os adultos podem viver vários meses sobrevivendo por longos períodos sem alimento.
 
Importância: relaciona-se principalmente com suas picadas irritantes, causando processos alérgicos, dermatites, edemas e eritemas. Como se alimentam à noite, o incomodo noturno pode levar à perda da produtividade humana.
 
Na natureza ainda não foram constatadas transmissões de doenças ao homem por percevejos-de-cama.
 
 
Classe: Insecta; Ordem: Phtiraptera;
 
Família: Pediculidae
 
Nome popular: Piolho da cabeça e piolho do corpo.
 
Descrição: Piolhos pequenos: 3 a 3,5 mm de comprimento. Coloracao castanho claro. Corpo alongado e cabeça ovóide.
 
Biologia: Formas jovens e adultos alimentam-se exclusivamente de sangue. Localizam-se na cabeça (P. h. capitis), no entanto em altas infestações podem atingir outras regiões do corpo. P. h. humanus localiza-se nas vestimentas dos hospedeiros passando para a pele no momento da alimentação. A oviposição inicia-se 24 a 36h após fecundação. Os ovos são fixados no cabelo (P. h. capitis) ou nas fibras das vestes (P. h. humanus) por uma substancia cimentante, secretada pelas fêmeas. As fases do ciclo são: ovo, ninfa e adulto.
 
Importância: Os problemas causados pelo piolho da cabeça estão associados à picada, podendo causar prurido, escoriações, pústulas e infecções secundarias. O piolho do corpo pode determinar lesões na parte superior do dorso, ombros, rebordo axilar, coxas, região glútea e cintura. Em altas infestações podem afetar o corpo todo menos rosto, mãos e nos casos crônicos caracteriza-se pelo espessa-mento da pele (epiderme seca e farinhosa). A cocadura forma riscos lineares recobertos de sangue dessecado.
 
A epiderme se pigmenta (melanodermia) causando a chamada “mela-nodermia pediculosa” ou “moléstia dos vaga-bundos”. São vetores das seguintes doenças: tifo epidêmico (Rickettsia prowazekii), febre das trincheiras (Rickettsia Quintana) e febre recorrente (Borrelia recurrentis).
 
 
Classe: Insecta; Ordem: Phtiraptera;
 
Família: Pediculidae
 
Nome popular: Chato
 
Descrição: Piolhos pequenos: 1-5, 5 mm comprimento de coloração castanho claro. Tórax mais largo que o abdome e arredondado nas bordas. Pernas robustas (boxeador).
 
Biologia: localizam-se frequentemente na região pubiana fixados aos pelos. No entanto, em alguns casos, podem ser encontrados nas axilas, sobrancelhas, pestanas, barba e mais raramente na coxa, abdome e cabelo. Permanecem fixados na coxa, abdome e cabelo. Permanecem fixados por dias em um único ponto com as peças bucais introduzidas na pele do hospedeiro. As fêmeas colocam os ovos aderidos ao pelo (30 ovos por fêmea), passam por 3 estádios ninfais (13-17 dias) e quando adultos, alimentam-se quase continuamente. Longevidade: 30 dias.
 
São totalmente dependentes do homem, de 200 especimes retirados do hospedeiro, somente 1 sobreviveu após 24 horas. Apresenta baixa dispersão, sendo a transmissão basicamente pelo contato sexual. Move-se pouco e lentamente (15 cm em 24 horas) fora do hospedeiro.
 
Importância: causador da pediculose da púbis. Devido à picada, o hospedeiro apresenta forte coceira e prurido de intensidade variável.
 
 
Classe: Insecta; Ordem: Psocoptera;
 
Família: Liposcelidae.
 
Nome popular: Piolho-de-livro.
 
Descrição: os Psocoptera são insetos muito pequenos, dependendo da espécie são providos de asas, medindo de 1 a 3 milímetros de comprimento.
 
Algumas espécies são de cor amarelada ou cinza ou castanho. A cabeça desses insetos é relativamente grande. O aparelho bucal é do tipo mastigador com mandíbulas denteadas na borda interna. As antenas são filiformes.
 
Biologia: os ovos de Psocoptera são postos isoladamente ou em grupos, podendo ou não serem cobertos por seda ou detritos. A maioria das espécies passa por seis estádios de ninfa. Algumas espécies são gregárias, vivendo sob fina camada de seda, em troncos de arvores e em locais úmidos.
 
Importância: alimentam-se de cereais, pólen, fragmentos de insetos e substancias semelhantes e principalmente de fungos presentes no papel e em paredes, azulejos, fundos de armários, dentre outros, corroendo toda a superfície onde exista este tipo de organismo. Conseguem sobreviver entre as paginas de um livro. Em grande numero podem causar danos aos documentos e encadernações produzindo pequenos orifícios menores que um milímetro e de contorno irregular. As espécies que ocorrem nas casas raramente causam danos sensíveis, mas frequentemente tornam-se incomodas.
 
 
 
Classe: Insecta; Ordem: Siphonaptera;
 
Família: Pulicidae.
 
Nome popular: Pulga do homem..
 
Descrição: Insetos pequenos (1 a 6 mm de comprimentos). Coloracao do castanho ao preto, sem asas e corpo fortemente comprimido lateralmente.
 
Metamorfose completa. Possui aparelho bucal adaptado para picar e sugar. Apresenta o terceiro par de pernas adaptado para o salto.
 
Biologia: Os insetos adultos precisam do sangue do hospedeiro para completar o seu ciclo de desenvolvimento. Após se alimentarem, as fêmeas procuram abrigos no ambiente, para se protegerem da luz tais como, frestas e fendas da madeira, aberturas entre tacos de madeira, sob almofadas e cantos de sofás, poltronas, sob colchões, sempre próximos ao local frequentado pelo hospedeiro. O ciclo biológico de ovo a adulto, é de aproximadamente 3 a 4 semanas. O adulto pode viver até 500 dias em condições ambientais favoráveis.
 
Importância: O parasitismo por pulga inicialmente é caracterizado pelo grande incomodo determinado pelas picadas do inseto, com prurido e dermatites no local da picada, além de lesões cutâneas, variáveis de acordo com a sensibilidade do hospedeiro.
Classe: Insecta; Ordem: Siphonaptera;
 
Família: Publicidae.
 
Nome popular: Pulga do cão e do gato.
 
Descrição: Insetos pequenos (1 a 6 mm de comprimento). Coloração do castanho ao preto, sem asas, de corpo fortemente comprimido lateralmente. Metamorfose completa. Possui aparelho bucal adaptado para picar e sugar. Apresenta o terceiro par de patas adaptado para o salto.
 
Biologia: biologia semelhante à Pulex, com a diferença que os adultos de Ctenocephalides spp. Permanecem durante todo o ciclo no corpo do animal. As formas jovens desenvolvem-se no ambiente. A presença desta espécie esta relacionada com presença de cães e gatos no ambiente infestado. Os adultos podem viver até 200 dias.
 
Importância: a Dermatite Alérgica por Picada de Pulga (DAPP) é o problema dermatológico mais comum em clinicas veterinárias. O animal apresenta-se bastante debilitado, não se alimenta, ocorre a perda do pelo, só ocorrendo a melhora depois que as pulgas forem eliminadas.
 
Além disso, podem agir como transmissoras de agentes patogênicos como vermes e protozoários, dentre outros.
Classe: Insecta; Ordem: Lepidoptera;
 
Família: Saturniidae, Megalopygidae, Limacodidae, Arctiidae..
 
Nome popular: Taturana, tataranha, lagarta urticante, lagarta de fogo, bicho de fogo.
 
Principais gêneros: Automeris, Lonomia, Leucanella, Dirphia, Megalopyge, Podalia, Acharia. Premolis.
 
Descrição: Os representantes da ordem Lepidoptera (borboletas e mariposas) possuem um tipo de larva chamado “eruciforme” conhecidas pelo nome de lagarta. As lagartas podem apresentar cerdas, urticantes ou não ou serem nuas não apresentando cerdas visíveis ao olho nu. As cerdas são estruturas muito esclerotinizadas (rígidas) e quando urticantes, são conjugadas à glândulas veneníferas basais ou apicais, segundo à família pertencente. As lagartas urticantes normalmente são muito vistosas e coloridas, podendo ser vermelhas, verdes, amarelas, azuis, etc.
 
Biologia: As lagartas alimentam-se avidamente de folhas variadas, possuem diversos tamanhos e formas chegando muitas delas aos 10 cm de comprimento. As cerdas, dependendo da família, podem possuir diferentes formas e tamanhos, lembrando “pequenos pinheiros” como em Saturniidae e Limacodidae e densos tufos como em Megalopygidae e Arctiidae. As lagartas urticantes podem passar por 6 ou 7 mudas e podem demorar 1 a 2 meses para se transformarem em pupas. As pupas podem estar protegidas por um casulo feito pela lagarta ou serem nuas (sem casulo). Em algumas espécies, a fase de pupa pode perdurar por peses ou até um ano.
 
Os adultos (mariposas) nem sempre vistosos, são efêmeros, durando duas ou três semanas ou menos e normalmente não se alimentam.
 
Importância: As cerdas urticantes podem causar dor semelhante à provocada em queimaduras. Podem levar ao desconforto, cefaleia, náuseas, bolhas, eritemas, edemas e reações alérgicas graves (edema de glote e enfartamento ganglionar).
Nome Cientifico: Sitophilus spp., Lasioderma serricorne, Acanthoscelides obtectus.
 
Classe: Insecta; Ordem: Coleoptera;
 
Família: Curculionidae, Anobiidae e Bruchidae.
 
Nome popular: Gorgulho, caruncho, caruncho do milho, do arroz, do feijão, etc.
 
Descrição e Biologia: Sitophilus sp. – Conhecidos popularmente como gorgulhos ou carunchos dos cereais, S. zeamais e S. oryzae são duas espécies bastante semelhantes morfologicamente. Infestam preferencialmente milho e arroz respectivamente.
 
Os adultos são besouros de cor castanho escura, com quatro manchas claras nos élitros. Medem de 3 a 5 mm de comprimento, possuem cabeça prolongada para frente com rosto recurvado, onde estão as peças bucais mastigadoras. Cada fêmea coloca em media 200 ovos. Lasioderma serricorne – O adulto é ovoide de cor marrom avermelhada, recoberto por cerdas bem claras, medindo 2,2 a 3 mm de comprimento, com antenas serreadas, cabeça larga, voltada para baixo e olhos pequenos. As fêmeas colocam em torno de 40 a 50 ovos. Podem infestar diversos produtos: fumo e charutos, grãos de cereais, farinhas, farelos, rações, bolachas, frutos secos, papeis, tapetes, objetos que contenham algodão, como almofadas e colchoes, etc. Acanthoscelides obtectus – Chamado caruncho do feijão, o adulto apresenta a forma oval, cor parda escura, com élitros que não cobrem todo o abdome. Os adultos medem de 2 a 4 mm de comprimento e são postos 60 ovos em media por fêmea.
 
Importância: Infestam vários grãos e produtos armazenados tais como: sementes e cereais diversos, farinhas e farelos, chocolate em pó e em barras, frutos desidratados e secos, cereais matinais e em barras, cogumelos desidratados, bolachas, rações, macarrão, dentre muitos outros produtos.
 

Nome Cientifico: Lepisma saccharina.

Classe: Insecta; Ordem: Thysanura;

Família: Lepismatidae.

Nome popular: Traça dos livros.

Descrição: Não apresentam asas, possuem tamanho entre 0,85 a 1,3 cm, corpo de coloração cinza a prateada, alongado e achatado dorso ventralmente com dois ou três filamentos caudais e aparelho bucal mastigador.

Biologia: Vivem preferencialmente em ambientes escuros e úmidos, possuem habito noturno e são muito ágeis, escondendo-se rapidamente em frestas de moveis, armários, rodapés e caixas, sendo este ultimo, o principal veiculo de dispersão da praga, levada junto a livros e utensílios domésticos em mudanças. Algumas traças adaptaram-se muito bem ao ambiente urbano, sendo consideradas importantes pragas domiciliares, como consideradas importantes pragas domiciliadres, como a espécie Lepisma saccharina L. Em museus, bibliotecas, tecelagens, supermercados, hotéis e em muitos outros estabelecimentos comerciais, as traças devem ser monitoradas com rigor, evitando-se infestações severas e danos significativos.

No desenvolvimento biológico dos Thysanuera, as fases jovens apresentam-se extremamente semelhante a fase adulta, diferenciando-se apenas no tamanho e na maturidade sexual (ametabolia).

Dependendo da espécie, clima, fonte alimentar entre muitos outros fatores, os ovos podem eclodir formas jovens que passam por mudas consecutivas, demorando em media 2 a 3 meses até chegarem a fase adulta onde o crescimento cessa. As traças adultas podem viver por mais de quatro anos.

Importância: alimentam-se de todos os tipos de substancias amiláticas, como amido dos livros, encadernações, papeis, etiquetas, etc.

Em residências alimentam-se do amido de roupas, lençóis e sedas, além de farináceos em geral.

Nome Cientifico: Tinea sp.
 
Classe: Insecta; Ordem: Lepidoptera;
 
Família: Tineidae.
 
Nome popular: Traça de roupas.
 
Espécies principais: Tineola bisseliella, Tinea pellionella e Trichophaga taptzella.
 
Descrição: pequenas mariposas, medindo 12 a 16 milímetros. Esta família inclui as traças de roupas, sendo um grande grupo de pequenas mariposas. As larvas da maioria das espécies transportam seus casulos; algumas são necrófagas ou alimentam-se de fungos, outras de tecidos de lã.
 
Biologia: Tineola bisseliella, a mais comum das traças de roupa, não formam casulo, suas larvas alimentam-se de peles, lã, seda, etc. A larva quando atinge o desenvolvimento máximo fabrica um casulo com fragmentos do material do qual se alimenta, unindo-os por fios de seda. Os adultos são de cor de palha e sua envergadura é de 12 a 16 mm.
 
Tinea pellionella, forma um estojo tubular achatado e elíptico para sua proteção feito de seda e outros materiais, aberto em ambas as extremidades; a larva alimenta-se sem abandonar o casulo e forma a crisálida dentro dele, emergindo dali o adulto que são pardos com três manchas escuras em cada asa anterior.
 
Trichophada taptzella, constrói tubos de seda ou galerias relativamente longas para penetrar nos materiais onde se alimenta. Os adultos têm uma envergadura de 12 a 24 mm e as asas anteriores são pretas na base e brancas na porção apical.
 
Importância: essas pragas são muito importantes, danificando roupas, tapetes, sedas e materiais semelhantes. 
Nome Cientifico: Mygalomorphae (Caranguejeiras).
 
Classe: Arachnida; Ordem: Araneida; Subordem: Mygalomorphae.
 
Nome popular: Caranguejeira, tarântula..
 
Espécies principais: Pamphobeteus sorocabae, P. platiomma, P. roseus, Acanthoscurria atrox e A. chiracantha.
 
Descrição e Biologia: as aranhas compreendem um grande grupo de 35.000 espécies distribuídas por praticamente todas as regiões do planeta. Seu exoesqueleto é composto de quitina e o corpo é dividido em cefalotórax e abdome.
 
Morfologicamente pode se observar apêndices anteriores constituídos por um par de queliceras que portam na base o ferrão, por onde sai o veneno,um par de pedipalpos, e quatro pares de pernas locomotoras. Devido a seu aspecto e porte avantajado, as caranguejeiras causam medo às pessoas. A dor da picada é bastante tolerável, desaparecendo rapidamente e dispensando a aplicação do soro. Variam muito de tamanho podendo tingir em média 10 cm de corpo e 30 cm de envergadura. Habitam troncos caídos e pedras, cupinzeiros, junto a grandes raízes e nos pastos. Maioria de hábitos noturnos e vida solitária; algumas constroem teias que podem ser regulares (forma de funil) ou irregulares. Em geral não são agressivas e os acidentes são raros pois o ferrão em posição vertical, reduz a eficiência do mecanismo de picada. Para sua defesa, as caranguejeiras costumam raspar os pelos do abdome com o auxilio das pernas traseiras, podendo causar ao homem, irritações cutâneas ou problemas nas vias respiratórias altas.
 
Importância: além de fobia e temor devido ao aspecto e tamanho, os acidentes com caranguejeiras geralmente são pouco expressivos quanto a envenenamentos. Não há registros de acidentes graves em humanos e o veneno destas aranhas ainda é pouco conhecido.
Classe: Arachnida; Ordem: Araneida; Subordem: Araneomorphae; Familia: Sicariidae..
 
Nome popular: Aranha marrom.
 
Espécies principais: Loxosceles laeta; L. gaúcho; L. intermedia, L. similis, L. hirsuta.
 
Descrição e Biologia: Aranhas de cor marrom acastanhada, com tamanho entre 1 a 3 cm; 06 olhos dispostos em pares e de cor branca. Fazem teias irregulares, sob cascas de árvores, folhas secas de palmeiras e residências, em fendas apropriadas. Ativas durante a noite, abrigam-se durante o dia em lugares escuros (roupas, atrás dos moveis, sótãos, garagens, etc.). Picam quando espremidas contra o corpo (roupa, na cama, etc.). A picada é pouca dolorosa, muitas vezes imperceptível.
 
Importância: Loxocelismo cutâneo e cutâneo-visceral. Envenenamentos graves em decorrência de picadas, podendo haver vários sintomas segundo a gravidade do acidente, com manifestações de febre, dor e mal estar geral seguidas de necrose tecidual, vermelhidão e edema local; ulceração tecidual profunda com cicatrização demorada, insuficiência renal aguda, oligúria e hemólise.
 
 
Classe: Arachnida; Ordem: Araneida;
 
Familia: Ctenidae
 
Nome popular: Aranha armadeira..
 
Espécies principais: Phoneutria keyserlingi, P. nigriventer, P. boliviensis, P. reidyi, P. bahiensis, P. fera.
 
Descrição e Biologia: as aranhas armadeiras, possuem 3 cm de corpo e 15cm de tamanho total, apresentam 8 olhos dispostos em três fileiras (2-4-2). Habitam bananeiras, terrenos baldios, em zonas rurais e junto à residências. São solitárias e muito ativas à noite, abrigando-se durante o dia em lugares escuros (roupas, sapatos, frestas, entulhos, etc.) e não fazem teia. Não fogem quando surpreendidas, colocando-se em posição de ataque, apoiando-se nas pernas traseiras e erguendo as dianteiras, muitas vezes sucedendo-se saltos. Sua picada é considerada muito perigosa, sendo bastante conhecida pela agressividade.
 
O reconhecimento das espécies é baseado principalmente na morfologia do sistema copulador masculino e feminino.
 
Importância: são muito agressivas e quando incomodadas assumem postura defensiva erguendo as pernas dianteiras e os palpos, razão pela qual recebem o nome de armadeiras. Nas regiões sul e sudeste do país são responsáveis pelo maior numero de acidentes aracnídeos provocados no homem. Tem sido considerada a espécie de aranha mais perigosa, devido à toxicidade do seu veneno de ação neurotóxica, principalmente a grupos de risco (crianças e idosos).
 
 
Classe: Arachnida; Ordem: Scorpionida;
 
Família: Buthidae
 
Nome popular: Escorpião marrom e escorpião amarelo.
 
Descrição e Biologia: Os escorpiões têm o corpo dividido em cefalotórax, mesossoma e cauda, apresentando um ferrão inoculador de veneno que se comunica com o telson ou vesícula. Medem de 6 a 7. Possuem quatro pares de pernas, um par de pedipalpos e um par de quelíceras.
 
São predadores, alimentando-se, principalmente de insetos (grilos, baratas, etc.). São vivíparos e seus filhotes nascem após dois e meio a três meses. As ninhadas podem ter de 20 a mais de 90 filhotes em algumas espécies. Após o nascimento os mesmos sobem para a região dorsal de sua progenitora a afim de não erem devorados. Na espécie Tityus serrulatus, a reprodução é partenogenética, ou seja, não há a fecundação realizada pela inclusão de machos (inexistentes na natureza). T. serrulatus atinge a maturidade sexual após um ano de idade, tendo passado por 5 ecdises. Tityus bahiensis são castanho escuros, pernas com manchas escuras, IV segmento caudal liso dorsalmente. Tityus serrulatus são marrons escuros, pedipalpos, pernas e cauda amarelos; possuem uma mancha escura no ultimo segmento da cauda; cauda serrilhada no lado dorsal.
 
Importância: Todas as espécies de escorpião são venenosas. A maioria produz uma reação semelhante à da ferroada da abelha, muito dolorosa, embora geralmente não ofereça perigo de morte.
 
A picada causa edema no local, paralisia temporária e até febre, além de vômitos, salivação, sudorese e vertigem. O veneno de T. serrulatus é mais importante do que o T. bahiensis, por provocar mais ocorrências graves, injetando o dobro de peçonha injetada por T. bahiensis.
 
 
Ordem Opiliones
 
Classe: Arachnida; Ordem: Opiliones;
 
Família: Gonyleptidae entre outras.
 
Nome popular: opilião, aranha vinagre
 
Descrição e Biologia: semelhantes às aranhas, possuem longas pernas, alimentam-se de insetos mortos ou vivos, larvas, pequenos artrópodes, frutos e vegetais. Vivem em locais úmidos e sombreados entre a matéria vegetal em decomposição, sob troncos podres, folhiço, pedras e entulhos. Todos os opiliões possuem glândulas de defesa. Estes órgãos consistem em um par de sacos com-pressíveis, situados no dorso do animal e com saídas situadas próximo das margens do corpo. Sob ameaça, secretam e liberam um liquido de odor ácido e fétido como meio de defesa. Os aspectos biológicos e comportamentais ainda são pouco conhecidos.
 
Importância: não possuem importância econômica, não transmitem doenças ou causam acidentes, exceto pelo odor desagradável. São muitas vezes confundidos com aranhas verdadeiras, causando fobias desnecessárias.
 
 
Nome Cientifico: Amblyomma cajennense
 
Classe: Arachnida; Ordem: Ixodida; Família: Ixodidae.
 
Nome popular: micuim, carrapato-estrela.
 
Descrição: as larvas possuem três pares de pernas e medem 1mm; as ninfas (2 a 5 mm) e adultos de 1 a toda a face dorsal no macho e somente 1/3 face dorsal da fêmea, ninfa e larva.
 
Biologia: necessita de três hospedeiros para completar seu ciclo de vida. No Brasil, as infestações por micuins são observadas a partir de março até julho, podendo permanecer no ambiente até seis meses sem se alimentar. Após a fixação no hospedeiro, elas iniciam o repasto. Depois do repasto, as larvas caem no chão e procuram abrigo para realizar a muda para o estagio de ninfa. Encontrando o segundo hospedeiro, esta se fixa e inicia um período de alimentação de aproximadamente 5 a 7 dias quando, completamente ingurgitada, se solta do hospedeiro, cai no chão e realiza a segunda muda.
 
Após aproximadamente 25 dias emerge o adulto (macho ou fêmea jovem). Esta fase é observada durante os meses de outubro a março e os adultos podem permanecer sem se alimentar por até 2 anos. Nesta fase machos e fêmeas fixam-se acasalam-se e a fêmea fertilizada inicia um processo de ingurgitamento que finda num prazo de 10 dias. As fêmeas se desprendem do hospedeiro, caem no solo para realizar postura única (5.000 a 8.000 ovos) iniciando uma nova geração.
 
Importância: É o principal transmissor da Febre Maculosa no Brasil. As infestações são mais frequentes no meses secos e frios (larvas e ninfas); em geral produzem intenso prurido, com formação de lesões nos locais das picadas.
Classe: Arachinida; Ordem: Ixodida: Família: Ixodidae
 
Nome popular: carrapato do cachorro urbano
 
Biologia: carrapato de três hospedeiros, parasita de cães e gatos urbanos. Os adultos tem uma forte tendência para escalar muros e cercas, frequentemente abrigando-se em frestas e forro dos canis, debaixo de moveis e outros locais. As fêmeas ovipõem de 2.000 a 3.000 ovos.
 
Importância: Espécie de grande importância veterinária. É o vetor de hemoparasitas em cães.
 
 
Nome Cientifico: Scolopendra sp.
 
Classe: Chilopoda; Ordem: Scolopendromorpha;
 
Família: Scolopendridae
 
Nome popular: Lacraia, centopeia.
 
Espécies principais: Scolopendra viridicornis, S. subspinipes, Otostigmus sp., Cryptops sp.
 
Descrição: As centopeias ou lacraias apresentam um par de pernas por segmento do corpo (entre 15 a 170 segmentos), corpo achatado, um par de antenas e um par de forcípulas (pernas modificadas onde estão as glândulas de veneno) e ganchos inoculadores de veneno junto a cabeça.
 
O ultimo par de pernas é alongado e pode servir também como meio de defesa. Possuem diversas cores como marrom, vermelho, preto, amarelo e verde.
 
Biologia: São basicamente noturnas, predadoras muito ágeis, alimentando-se de insetos, minhocas e caracóis. Vivem entre entulhos, sob folhiço, cascas e troncos mortos de arvores e locais úmidos, e ocasionalmente dentro de residências.
 
Os escolopendromorfos podem medir de 18 a 24 cm de comprimento. As fêmeas colocam grupos de 15 a 35 ovos em madeiras em decomposição, folhiço ou solo, enrolando-se sobre a massa de ovos e aguardando a eclosão dos mesmos até a dispersão das formas jovens. Muitas vezes os piolhos-de-cobra (Classe Diplopoda), são confundidos com as lacraias. Estes não são peçonhentos e distinguem-se das lacraias por possuírem dois pares de pernas por segmento do corpo, não apresentarem órgãos inoculadores de veneno e não serem predadores. Os Diplopoda podem possuir glândulas repugnatórias, sendo sua secreção tóxica ou repelente, cáustica à pele humana.
 
Importância: Causam pavor quando encontradas em jardins ou no interior de residências, devido a aparência ameaçadora e grande agilidade locomotora. Apesar de a picada ser bastante dolorosa, o veneno geralmente não é suficientemente tóxico para ser letal ao homem.
Nome cientifico: Columba livia
 
Classe: Aves; Ordem: Columbiformes;
 
Família: Columbidae.
 
Nome popular: Pombo doméstico
 
Descrição: ave exótica, de origem europeia, introduzida no Brasil no século XVI. Adultos possuem tamanho de aproximadamente 30 cm, plumagem com grandes variações de coloração (cinza, cinza azulado, marrom, bege, tons metálicos, etc), sendo a dos machos mais iridescente do que a das fêmeas.
 
Biologia: As fêmeas colocam de 1-2 ovos por ninhada e podem ter 5-6 ninhadas ao ano. A média de incubação dos ovos é de 17 a 19 dias.
 
Podem viver por 3 a 5 anos nos centros urbanos e em condições silvestres até 15 anos. Nas áreas urbanas, alimentam-se de grãos e sementes, restos orgânicos e até mesmo lixo.
 
Importância: Competem com espécies nativas por alimento e utilizam áreas urbanas ou antropizadas. São causadores de sérios problemas, sujando o ambiente com seus dejetos, entupindo e apodrecendo calhas de captação e drenagem pluvial, danificando fiações elétricas e monumentos históricos (igrejas, museus, estátuas, etc.). Acumulo de sujeira, principalmente fezes em fachadas de edifícios, marquises, chão e em automóveis danificando pinturas (devido à acidez de suas fezes), consumo e contaminação de grãos e alimentos em armazéns e fábrica de gêneros alimentícios, acidentes aéreos ou terrestres. Podem veicular doenças ao homem como a Histoplasmose e a Criptococose (fungos que se desenvolvem nas fezes de pombos), Toxoplasmose, Ornitose e Salmonelose, além de propiciarem dermatites causadas por ácaros e piolhos presentes em suas penas.
Nome cientifico: Mus musculus
 
Classe: Mammalia; Ordem: Rodentia;
 
Família: Muridae.
 
Nome popular: Camundongo, catita, rato caseiro.
 
Descrição: roedores de pequeno porte com cerca de 9 cm de comprimento e raramente chegam a 18 cm, podendo pesar até 10 a 25 gramas. A cauda é fina e sem pelos medindo 7 a 11 cm. Os olhos são grande e predominantemente pretos. Apresenta orelhas redondas, grandes e sem pelos.
 
Biologia: apresentam período de gestação 19 a 21 dias, com 3 a 8 filhotes por ninhada e de 5 a 6 ninhadas por ano. São de hábito noturno e escondem-se com extrema facilidade em locais estreitos e de difícil acesso. Estima-se um raio de ação de 3 a 5 m em relação ao abrigo, podendo penetrar de 20 a 30 locais por noite, em busca de alimento, preferencialmente grãos e cereais. Realizam seus ninhos próximos ou em motores de maquinas de lavar, geladeira, freezer, fogões e também em guarda roupas, frestas de rodapés, prateleiras de livros e móveis. Escalam com facilidade e consomem cerca de 3g de alimento por dia, não sendo exigentes de bastonete. As roeduras são delicadas.
 
Importância: são transmissores de doenças, e danificam cabos elétricos, grãos e alimentos armazenados, dentre muitos outros produtos.
 
 
Ordem: Rodentia; Família: Muridae.
 
Nome popular: Rato de paiol, rato preto, rato de telhado, rato de forro.
 
Descrição: corpo esguio com 20 cm de comprimento podendo pesar de 100 a 350 gramas. Pelagem delicada e dorso preto ou cinza, orelhas e olhos grandes e salientes em relação à cabeça. As patas com calos estriados e sem membranas interdigitais; cauda fina em chicote com poucos pelos medindo 19 a 25 cm.
 
Biologia: gestação de 20 a 22 dias, com 7 a 12 filhotes por ninhada e 4 a 8 ninhadas por ano. São onívoros, concentrando sua dieta em legumes, frutas, cereais e insetos. Consomem de 15 a 30 ml de agua/dia. São de habito noturno e escalam com extrema facilidade. Seu raio de ação é de 60 m em relação ao abrigo. Ninhos feitos acima do solo, nos sótãos, forros das casas, sacarias, armazéns, porões de navios e portos.
 
Nome cientifico: Rattus novergicus
 
Ordem: Rodentia; Família: Muridae.
 
Nome popular: Ratazana, rato de esgoto.
 
Descrição: adulto de corpo robusto pesando de 150 a 600g de 22 cm de comprimento, com pelos ásperos, e orelhas pequenas e arredondadas, olhos de tamanho pequeno em relação ao resto da cabeça. As patas possuem calos lisos e membranas interdigitais; cauda grossa e peluda medindo 16 a 25 cm.
 
Biologia: gestação de 22 a 24 dias, com 7 a 12 filhotes por ninhada e de 8 as 12 ninhadas por ano.
 
Hábito fossorial; vivem em galerias de esgoto e águas pluviais, escavando próximo ou sob construções. São noturnos com raio de ação de 50 m em relação ao abrigo. São onívoros; consomem diariamente 30 g de alimento e de 15 a 30 ml de agua por dia.
 
Importância: São transmissores de mais de 200 doenças, como a leptospirose (urina), tifo, peste bubônica (pulga do rato), entre outras. Danificam cabos elétricos, grãos e alimentos armazenados, dentre muitos outros produtos. Deixam manchas de gordura características e fezes nos locais infestados.
 

Manual Ilustrado de pragas urbanas e outros animais sinantrópicos:

Francisco José Zorzenon; João Justi Junior

São Paulo: Instituto Biológico, 2006.

Exemplares dessas e outras publicações podem ser solicitadas ao Instituto Biológico

Núcleo de Negócios Tecnológicos.

Av. Cons. Rodrigues Alves, 1252

CEP 04014-002, São Paulo, SP

Fone: (11) 5087.1739 / Fax: (11) 5572-8849

E-mail: negó[email protected]

“Nenhuma parte dessa obra poderá ser traduzida, reproduzida, armazenadas ou transmitida por meio eletrônico, mecânico, de foto copia, de gravação e outros, sem autorização expressa dos autores e do instituto biológico”.

AUTORES DOS TEXTOS:

Ana Eugênia de Carvalho Campos-Farinha e Francisco José Zorzenon: formigas

Leila Barci: carrapatos

Edna Clara Tucci: mosca doméstica e varejeira, pulgas e piolhos.

Marcos Roberto Potenza e Francisco José Zorzenon: baratas e roedores.

Francisco José Zorzenon e João Justi Junior: Fannia, moscas varejeiras, cupins, lagartas urticantes, percevejos, Pragas de grãos e produtos armazenados, brocas, mosquitos, traças, aranhas, escorpiões, opiliões, chilopoda, pombos.

Autores das fotos: João Justi Junior e Francisco José Zorzenon

Edição das imagens: Francisco José Zorzenon

Diagramação e capa: Charles C. C. Novaes.

Fotos capa: João Justi Junior e Francisco José Zorzenon.

AGRADECIMENTOS:

Aos colegas PqC, Márcia C. Mendes (Instituto Biológico) pela cessão dos carrapatos; PqC Roberto Henrique Pinto Morais (Instituto Butantan) pela cessão da foto P. humanus capitis – adulto – vista ventral; Sr. Yuri F. Messas pela cessão da foto Tityus serrulatus – fêmea carregando filhos; PqC Marcos Roberto Potenza pela cessão da foto R. novergicus – adulto; PqC. Tércio Barbosa de Campos pela cessa do material de grãos armazenados; Funcionários e Alunos de Pós-Graduação do departamento de parasitologia da UNICAMP pela cessão de material (moscas e mosquitos diafanizados); Prof. Delsio Natal e Prof. Paulo Urbinati da Faculdade de Saúde Pública da USP pela cessão de material (larvas e mosquitos). Aos Funcionários Estagiários do Laboratório de Entomologia Geral do Instituto Biológico pela colaboração nas coletas de material.